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Paz, amor, tropicália e cabelos

Em todo o mundo, no final da década de 60, o movimento hippie levou um apelo necessário àquele momento, quando a Guerra do Vietnã tirava a vida de milhares de jovens. Nos longos cabelos, no comportamento livre, nas roupas soltas e naturais, um estilo de vida nascia na contramão dessa sociedade, bradando pela paz e pelo amor. Em 1967, o Brasil conheceu um movimento que revolucionou as artes, a sociedade e o comportamento de uma época: o tropicalismo. Aqui, nas terras tupiniquins, as cabeleiras de Gil, Caetano, Gal, Pepeu e Baby valorizavam, ainda, o nosso jeito de ser e o tipo físico mais comum no Brasil. Neste ano, nas semanas de moda internacionais, o movimento hippie volta a influenciar com cores, cortes e tendência de mais naturalidade nos cabelos. E o tropicalismo nos faz um convite para valorizarmos quem somos. Eu aderi a esse movimento e estou amando meus cachos. Não é à toa que o musical Hair, que mostrou tão bem os ideais de paz e amor, leva este nome. Os longos cabelos, principalmente para os homens, representaram uma maneira de chocar a sociedade sexista da época. E hoje, nas ruas, homens podem ter cabelos militares ou longos, convivendo em total liberdade. Tudo isso graças a esses precursores que tiveram coragem e conseguiram mudar, um pouco, a sociedade.

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